sexta-feira, 30 de abril de 2010

MP quer saber se Núbia Cozzolino renunciou mandato

O presidente da Câmara de Vereadores de Magé, Anderson Cozzolino, o Dinho, deverá receber, a qualquer momento, comunicação do Ministério Público para que informe se sua irmã, a prefeita afastada, Núbia Cozzolino, protocolou naquela Casa a carta-renúncia necessária para que ela possa pleitear uma candidatura nas eleições desse ano.

Embora afastada do cargo desde setembro do ano passado por decisão do Tribunal de Justiça e com duas cassações em primeira instância, Núbia precisava ter renunciado ao mandato até o dia 2 de abril, o que não se confirmou até agora, embora, em matéria publicada pelo jornal Extra no último dia 5 ela tenha afirmado o seguinte: “... cassação de mandato em ação de improbidade só tem validade quando forem esgotadas todas as possibilidades de recurso. Por isso, vou ser candidata este ano”.

De acordo com uma fonte ligada a Câmara de Vereadores a carta-renúncia teria sido assinada em tempo hábil por Núbia Cozzolino e protocolada na Casa. O documento, entretanto, não foi lido até hoje em plenário. Outras informações dão conta de que carta teria sido publicada em um jornal, mas ninguém teria visto essa edição.

“A prefeita afastada pode estar adotando uma estratégia para aguardar o julgamento de recurso no qual pleiteia sua vota ao cargo. Se conseguir rasga a carta. Do contrário, faz valer o documento para fins de uma candidatura. Só que isso pode complicar ainda mais a situação dela. Se essa carta-renúncia existe mesmo, se foi entregue na Câmara e mantida em segredo pela Casa para sustentar essa manobra, será uma estratégia furada, pois acabará causando problemas judiciais também para quem estiver escondendo esse documento”, revelou uma fonte ligada ao Ministério Público.


Um mês nada

A prefeita Sheila Gama (PDT) está completando um mês no cargo e até agora não deu sinais de que pretende mudar alguma coisa em Nova Iguaçu. Aceitou as mentiras de Lindberg Farias (PT), que, ao lado dela, afirmou ter deixado dinheiro em caixa e R$ 306 milhões em obras contratadas, quando, na verdade, o que ficou foram os rombos: R$ 400 milhões no Instituto de Previdência, R$ 400 mihões na Educação e pelo R$ 600 milhões na Saúde.

O salário de abril ela consegue pagar com tranqüilidade, mas a partir de maio as coisas começam a ficar complicadas. As obras estão paradas como sempre estiveram na desastrosa gestão lindbergniana, continua faltando remédios nos postos médicos e no Hospital da Posse o quadro é de calamidade. Do programa Bairro Escola o que se mantém é farsa, pois a prefeita sustenta Maria Antonia Goulart na coordenação e o sociólogo Jailson de Souza como secretário de Educação, apesar da fraude no censo escolar, objeto de inquérito no Ministério Público Federal.

O que Sheila Gama apresentou nesses primeiros 30 dias como prefeita é cumplicidade com Lindberg. Ela também mostrou que não quer diálogo com ninguém. Está ignorando os vereadores, não conversa com jornalistas, mas tem falado com Lindberg quase que todos os dias. É por essas e outras que ouso dizer: no cadafalso preparado para Lindberg Farias já tem um lugar reservado a ela.


quinta-feira, 29 de abril de 2010

É muita cara-de-pau, vereador

O vereador Carlos Ferreira, o Ferreinha do PT, enviou um texto para vários jornalistas - eu também recebi o artigo - falando sobre a nova sede do Poder Legislativo de Nova Iguaçu, se enaltecendo por ter iniciado o projeto. Vou refrescar a memória do ex-presidente da Câmara.

A verdade é que Ferreirinha alugou o prédio da nova sede e contratou a Companhia de Desenvolvimento de Nova Iguaçu (Codeni), sem licitação, para fazer as obras de reforma e adaptação, comprometendo cerca de R$ 1,3 milhão.

Desse total a Codeni recebeu cerca de R$ 700 mil e abandonou o projeto com menos de 30% do serviço concluído, dando um enorme prejuízo aos cofres públicos. As obras ficaram paradas pelo menos três anos e por causa disso a Câmara ficou pagando aluguel (R$ 20 mil mensais), por um prédio que não usava.

Ferreira saiu da presidência da Casa, sendo substituído por Jorge Marotte, que parou de pagar o aluguel e acionou a Justiça para tentar anular o contrato feito por Carlos Ferreira. O processo se arrastou até o ano passado, quando o atual presidente, Marcos Fernandes, fez um acordo com o proprietário do imóvel, Sylvio Coelho, que assumiu o compromisso de concluir as obras de adaptação. O projeto foi concluído e o Legislativo iguaçuano agora está muito bem instalado.

Quanto a Carlos Ferreira, ele deveria meter a mão no bolso e ressarcir os cofres municipais pelo enorme prejuízo causado, em vez de ficar puxando para o seu prato a sardinha alheia.

terça-feira, 27 de abril de 2010

E aí, dona Sheila, vai continuar com essa gente na Educação

Desde janeiro de 2005 que vem acontecendo coisas absurdas no setor de Educação em Nova Iguaçu, que teve pelo menos R$ 600 milhões para investir e não construiu uma escola sequer. Teve o caso dos colégios fantasmas, com a secretaria computando como estudantes da rede municipal cerca de 1300 alunos matriculados na rede particular, manobra feita para receber mais dinheiro do governo federal; teve a compra superfaturada de uniformes, um negócio de mais de R$ 8 milhões feito com a empresa WQ, que funcionava numa lojinha de uma porta só, no bairro Vila Nova e outras coisas do gênero.

Agora, um mês antes da posse da prefeita Sheila Gama, descobriu-se que a secretaria fraudou os números do censo escolar, registrando que o programa Bairro Escola, que não atende nem 30% do número de alunos, contemplava 98%. Dona Sheila já sabia disso quando assumiu e mesmo assim decidiu manter - a pedido de Lindberg Farias - o secretário Jailson de Souza no cargo e Maria Antonia Goulart na coordenação do Bairro Escola. Ora, se ela conhecia a denúncia, por que manteve essa gente mandando no setor?

Aos que gostam de defender o indefensável e dizer que esse jornalista persegue Lindberg Farias e sua turma, comunico que o Ministério Público Federal instaurou inquérito para apurar essa fraude e as investigações serão comandadas pela procuradora Ana Claudia de Sales Alencar. Os números apresentados pela secretaria são absurdos, o Bairro Escola é uma farsa e se a prefeita insistir com Jailson e Maria Antonia, estará dizendo aos iguaçuanos que concorda com tudo com tudo o que foi feito.