domingo, 28 de fevereiro de 2010

Calote deixa escolas sem merenda em Nova Iguaçu

Prefeitura de Nova Iguaçu atrasa pagamento de faturas e ano letivo começa sem alimentação para os alunos

Embora tenha recebido, no dia 30 de dezembro do ano passado, os recursos necessários para garantir a alimentação dos alunos da rede municipal de ensino, a prefeitura está deixando faltar merenda nas escolas. O ano letivo começou no último dia 22 e as crianças não tiveram o que comer e acabaram liberadas mais cedo pelos professores, o que continua ocorrendo em várias unidades.

De acordo com dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), os repasses são feitos sem atraso. No final do ano passado a Secretaria Municipal de Educação recebeu uma verba de R$ 237 mil, dinheiro suficiente para garantir a merenda, uma vez que as escolas estiveram fechadas durante os meses de dezembro, janeiro e 22 dias em fevereiro.

Segundo o secretário de Educação, o sociólogo Jailson de Souza, a falta de merenda se deve a demora do pagamento aos fornecedores. Já o prefeito Lindberg Farias disse que precisará de 60 dias para regularizar a situação. Lindberg, entretanto, deverá deixar o cargo até o dia 4 de abril, passando o problema para a vice-prefeita Sheila Gama, que governará o município até 31 de dezembro de 2012.

Apesar da falta de merenda, a prefeitura continua divulgando como projeto-modelo o programa Bairro-Escola, pelo qual as crianças teriam aula em tempo integral e prática esportiva nos intervalos. “Esse programa só existe no papel. É mais uma farsa dessa administração”, diz a dona de casa Jussara Magalhães, que tem dois filhos em escola da prefeitura, que divulga que o horário integral funciona em 107 das 124 escolas municipais. “Isso é mentira. O horário integral só acontece em 11 escolas”, diz uma funcionária da Secretaria de Educação.


Dívidas atrapalham

O secretário municipal de Educação disse que algumas escolas ainda não conseguiram fazer as parcerias com clubes, igrejas e associações para garantir as atividades extracurriculares. Ele classificou como “normal” a demora no pagamento a fornecedores de merenda, alegando que a secretaria precisa de “uma margem de tempo de dois meses para que a fatura seja paga”, mas os fornecedores não acham nada disso aceitável.

“A prefeitura de Nova Iguaçu demora muito tempo. Tem fornecedor e empreiteiro que não recebe há um ano. Estamos cheios de dívidas por causa dos atrasos das faturas. O pior é que se reclamarmos somos cortados e aí é que não recebemos mesmo. Nunca vendi nada para a Secretaria de Educação, mas conheço gente que não suporta mais a situação. Meu problema é com a Secretaria de Saúde, que quase me levou a falência”, afirma um fornecedor.


Sem vagas

De janeiro de 2005 até o dia 31 de janeiro deste ano o município de Nova Iguaçu recebeu, só para o setor de Educação, mais de R$ 300 milhões e mesmo assim não consegue ampliar o número de vagas na rede municipal de ensino. No ano passado, segundo o secretário Jailson de Souza, o déficit era de 25 mil vagas e para 2010 as coisas não mudaram muito.

“Temos hoje entre 18 e 20 mil crianças em idade escolar fora das salas de aula. Essa é uma realidade muito negativa para uma cidade do porte de Nova Iguaçu, cuja administração pode inventar qualquer desculpa, menos falta de recursos”, afirma a pedagoga Ana Maria Alvarez.



Uma carta aos mageenses

Encontrei agora pela manhã 153 mensagens em minha caixa postal e pelo menos 80 delas foram postadas por seguidores de Magé, pessoas que acompanham o meu trabalho, sendo que algumas delas até me conhecem pessoalmente. O que muitos ainda não perceberam é que não escrevo por ouvir falar. Os fatos que reporto são checados. Assim que recebo a informação começo a apurar e se confirmadas são noticiadas aqui no blog, no jornal Tribuna da Região e em outros veículos de informação para os quais trabalho. Quem acompanha a minha carreira sabe que sempre busquei dar voz ao povo, mostrando os problemas que afligem aos menos favorecidos e denunciando as irregularidades que violentam a sociedade em que vivemos, mas jamais me permitirei agir politicamente para favorecer a esse ou aquele grupo.

Estou falando isso porque a maioria dos e-mails que recebi hoje de Magé me questiona sobre a matéria “PR dá tratamento de estrela a Nubia Cozzolino”, como se o texto se tratasse de propaganda pessoal da prefeita afastada. Quem pensou assim com certeza não sabe a diferença entre notícia e material publicitário. O que faço é noticiar, mostrar o fato e que cada um tire suas conclusões.

Essa minha colocação se faz necessária porque numa das mensagens a autora só faltou xingar a minha mãe, como se eu fosse o responsável pelo tratamento que o PR está dispensando a prefeita afastada, que - por ainda não ter uma condenação definitiva - tem todo o direito de disputar o mandato eletivo que desejar. Uma professora também não gostou do que leu e disse que eu nem deveria ter tocado no assunto, “pois tem coisas mais sérias para serem faladas”, como, por exemplo, uma briga entre uma diretora de escola e uma funcionária especializada, que acabou transferida para uma unidade do bairro Parque Boneville.

Tenho muitas informações de professores e funcionários da Secretaria Municipal de Educação falando de supostas agressões e perseguições, mas essas mesmas pessoas se omitem, baixam a cabeça e tocam a vida como se nada tivesse acontecido. É mais ou menos isso: tomam a pancada, sentem a dor, mas não citam o nome de quem bateu. Isso tem nome e não é medo, é covardia.

Não sou a palmatória do mundo. Não faço justiça com as próprias mãos. Sou jornalista e não justiceiro. Além do mais não sou eu quem colocou os Cozzolino na prefeitura. Em 2004, quando Núbia foi eleita pela primeira vez, havia outros nomes, mas vocês a escolheram. Quatro anos depois, apesar dos muitos escândalos e da operação “Uniforme Fantasma”, os mageenses a reelegeram, quando também tinham outras opções. Portanto, Núbia não é um problema meu.


sábado, 27 de fevereiro de 2010

Rio poderá ter menos dois parlamentares em Brasília

Atualmente com 46 representantes da Câmara dos Deputados, o estado do Rio de Janeiro poderá ter sua bancada reduzida a 44 parlamentares, se prevalecer a vontade dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que se reuniram nessa terça-feira, pela segunda vez, para discutir os termos de uma resolução do órgão que redefine o número de deputados federais e estaduais a partir das eleições de outubro deste ano. A alteração nas bancadas é baseada em mudanças verificadas na população dos estados brasileiros nos últimos anos.

A resolução já está sendo contestada por todas as legendas e se os ministros decidirem pela redução os partidos deverão impetrar recursos para barrar a medida. De acordo com a minuta, de autoria do ministro Arnaldo Versiani, para se readequar aos atuais tamanhos das populações estaduais, o Rio de Janeiro e a Paraíba passarão a ter dois deputados federais a menos. Rio Grande do Sul, Paraná, Maranhão, Goiás, Pernambuco e Piauí perderão um deputado federal. Em contrapartida, a bancada do Pará passaria a ter três deputados a mais. Minas Gerais crescerá sua bancada com mais dois. E Amazonas, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia e Santa Catarina terão, cada um, mais um parlamentar na Câmara.

O Tribunal Superior Eleitoral já sete petições relativas à minuta que prevê a alteração, sendo algumas favoráveis e outras contrárias. A minuta tem como base a estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualizada em 1º de julho de 2009 e o Censo realizado em 2000.

As representações dos demais estados (São Paulo, Espírito Santo, Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Sergipe, Rondônia, Tocantins, Acre, Amapá e Roraima) permanecem inalteradas. Caso o texto da minuta do TSE passe a vigorar, São Paulo continuará tendo a maior bancada, com 70 deputados federais. O número total de parlamentares na Câmara também continuará o mesmo, 513. Minas Gerais passará a ter 55 deputados, seguido do Rio (44), Bahia (40), Rio Grande do Sul (30), Paraná (29), Pernambuco (24), Ceará (23), Pará (20), Maranhão (17), Santa Catarina (17), Goiás (16), Paraíba (10), Espírito Santo (10), Piauí (9), Alagoas (9), Rio Grande do Norte (9), Amazonas (9), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Sergipe, Rondônia, Tocantins, Acre, Amapá e Roraima, todos esses com oito deputados cada um.


PR dá tratamento de estrela a Núbia Cozzolino

Partido da República acredita que ela pode passar de 100 mil votos para deputada estadual

Apesar dos muitos problemas enfrentados na Justiça - onde responde a ações promovidas pelo Ministério Público, pelo qual se diz perseguida - a prefeita afastada de Magé, Núbia Cozzolino é a grande estrela do Partido da República (PR), para as eleições proporcionais deste ano.

Os “caciques” da legenda apostam na eleição dela para deputada estadual e até arriscam um palpite: acreditam que ela poderá somar mais de 100 mil votos para o partido. Também há no PR quem gostaria de vê-la candidata a deputada federal, como forma de ajudar na legenda, mas ela própria descarta essa possibilidade, pois gostaria mesmo é de retornar à Assembleia Legislativa, onde já cumpriu três mandatos.

Atualmente com uma bancada de cinco deputados na Alerj – Altineu Cortes, Caetano Amado, Edino Fonseca, Fábio Silva e Waldeth Basiel – o PR acredita que pode elevar para pelo menos sete o número de parlamentares na Assembléia Legislativa e aposta que Núbia Cozzolino poderá render à legenda os votos necessários para isso.

Muito próxima do presidente da Comissão Executiva Regional, o ex-governador Antonhy Garotinho, Núbia foi recebida do PR com muita satisfação pelos membros do comando estadual. “Até onde sabemos a prefeita não tem uma condenação transitada em julgado. Se não há condenação definitiva seria uma violência contra as leis negar a ela o direito de ser candidata. Pelo que temos visto em Magé, ela tem uma grande aprovação popular e isso, certamente, se deve ao trabalho por ela realizado”, afirmou um membro da direção do PR no Rio.



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Cala boca, presidente!

O que fazem aqueles assessores que ganham uma grana violenta por mês que não orientam o presidente Lula direito? A besteira da vez foi o desabafo estúpido e incoerente: “O DEM que vá cuidar dos seus mensaleiros em vez de ficar falando mal de Cuba!”.

O destempero de Lula aconteceu porque a Comissão Executiva Nacional do Democratas lamentou o silêncio do governo brasileiro no caso da morte do preso político cubano Orlando Zapata Tamayo, que há muitos anos vinha sendo torturado pelos carrascos dos irmãos Castro. Além de tocado no assunto Zapata, o DEM também questionou os empréstimos que o governo Lula fez à Cuba através do BNDES, dinheiro nosso que pode estar custeando as imbecilidades ditatoriais de Raul e Fidel Castro.

Detesto aquela turma do Democratas, incluindo ainda a dupla Cesar e Rodrigo Maia, mas sou obrigado a defender o partido deles agora. O DEM já o fez, Lula, arrochou José Roberto Arruda e sua quadrilha. O senhor, não presidente. O PT acomodou as coisas e protegeu seus quadrilheiros. Falo da turma que se beneficiava do valerioduto, um escoadouro de dinheiro que ligava o Banco do Brasil e a Caixa Econômica direto às agências de publicidade comandadas por Marcos Valério, de onde saia o dinheiro que recheava as cuecas dos companheiros do nosso presidente. Aliás, o PT está trazendo o Delúbio Soares de volta e ele está cotadíssimo para ser o tesoureiro da campanha da insossa Dilma Roussef.

Essa semana Lula posou para fotos ao lado dos irmãos Castro, dupla que comanda um verdadeiro massacre contra os que ousam pensar diferente. A ditadura de direita que controlou o Brasil por mais de 20 anos, mergulhando o país na escuridão, foi uma coisa horrorosa, mas a de esquerda, instalada por Fidel, é pior ainda, mas isso não incomoda em nada aos petistas.

Lula e sua turma defendem a ditadura cubana e com eles fazem coro intelectuais e artistas. Faço aqui uma sua gestão: se em Cuba as coisas são tão boas para essa gente, Lula deveria mudar-se para lá e levar junto o Ali-Babá, os quarenta ladrões e o Brasil, penhoradamente, agradeceria se ele não deixasse a Dilma para trás.