sábado, 29 de novembro de 2008

Situação muito suspeita

Prefeitura de Nova Iguaçu deixa de pagar empresa de coleta de lixo. Intenção seria preparar situação para facilitar contrato emergencial em janeiro com empresa que já teria comprado 25 caminhões para atuar no município.

A ServiFlu, empresa que há vários anos faz o serviço de coleta de lixo no município de Nova Iguaçu está há pelo menos três meses sem receber da Prefeitura e enfrenta sérias dificuldades para cumprir suas obrigações com os funcionários.

Embora representantes da Prefeitura afirmem que os pagamentos estão em dia, um gerente da empresa confirmou o atraso das faturas. De acordo com uma fonte ligada ao próprio governo, a empresa estaria sendo vítima de outros interesses, pois uma outra, recém-formada, já teria sido contatada e adquirido 25 caminhões para atuar no município.

De acordo com a fonte, a nova empresa estaria sendo trazida pelo deputado federal Rogério Lisboa (DEM) e pelo seu braço direito, o super-secretário Antonio Duarte Araújo. A fonte explicou ainda que a estratégia seria deixar a cidade suja com uma greve dos garis que não trabalhariam durante o mês de dezembro, para que o cenário ficasse propício a assinatura de um novo contrato por emergência. Tuninho e o deputado também foram procurados para falar sobre o assunto, mas não foram encontrados.



Sobrou para o Sr. Johnson

Justiça Federal manda Prefeitura de Nova Iguaçu cancelar contrato com cooperativa e determina devolução de mais de R$ 40 milhões.

Em medida liminar, dentro de um processo por improbidade administrativa movido pelo Ministério Público Federal, a Justiça determinou que a Prefeitura de Nova Iguaçu substitua profissionais terceirizados contratados através da cooperativa Captar e por aprovados no último concurso realizado este ano. Além disso, o juiz da 4ª Vara de São João de Meriti ordenou a suspensão dos pagamentos à cooperativa e a apresentação, em até 15 dias, de documentos que comprovem que os concursados foram chamados e também a listagem dos terceirizados.

A Justiça entendeu que o contrato com a Captar Cooper foi renovado ilegalmente, em 21 de janeiro deste ano, quando um termo aditivo, no valor de R$ 43 milhões, foi assinado por Henrique Johnson Buarque, que no dia da assinatura ainda não era representante legal do município.

Segundo o procurador da República Antonio do Passo Cabral, a renovação às pressas do contrato antes do vencimento aconteceu, possivelmente, para evitar uma nova licitação. “A prestação de serviços pela cooperativa, em contrato ilegal, causou enormes prejuízos à população de Nova Iguaçu. Agora, os pagamentos estão suspensos por ordem judicial, e o Ministério Público Federal deseja a devolução de toda verba pública paga em razão do contrato”, disse Antonio Cabral.

Conforme o blog noticiou no dia 27 de setembro, Henrique Johnson Buarque que ficou apenas 46 dias como secretário de Saúde de Nova Iguaçu, tempo suficiente para arrumar um grande problema. O blog entende que Henrique entrou numa arapuca e, apesar de todo o seu tamanho, caiu feito um patinho, pois o termo aditivo do contrato da Captar que garantiu à cooperativa mais R$ 43 milhões foi preparado para ser assinado por Marli Freitas que o atencedeu na secretaria. Marli, sentindo o peso da responsabilidade – não foi feita concorrência pública – deixou o cargo sem assinar a renovação, o que foi feito por Henrique antes mesmo de ele ser empossado no cargo de secretário.




sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Via Alerj

André Ceciliano (PT), que saiu da prefeitura de Paracambi com 72% de aprovação não se despediu da vida pública. Muito pelo contrário: continua fazendo política e contatos em Brasília para abastecer de recursos os municípios da Baixada Fluminense. André não descarta o retorno à Assembléia Legislativa, devendo ser candidato a deputado estadual em 2010.

Por um fio

Gente influente na Prefeitura de Nova Iguaçu revela que a cabeça do secretário de Saúde, Walney Rocha, deputado estadual do PTB, está por um fio. O facão está na mão do prefeito por procuração, Antonio Duarte Araújo, o Tuninho da Padaria, super-secretário que deu porrada no ex-secretário de Meio Ambiente, José Augusto Vendas e logo depois o mandou demitir.

Cadê o prefeito?

Enquanto o prefeito reeleito Lindberg Farias (PT) encontra-se em lugar incerto e não sabido, Tuninho da Padaria manda e desmanda. Com uma canetada só demitiu os apadrinhados de Walney Rocha que estavam lotados no Centro de Saúde Vasco Barcelos, substituindo-os pelos coringas do vereador Alexandre José Adriano, o Xandrinho.




Agrava a crise da saúde em Nova Iguaçu

Sem receber desde junho as instituições conveniadas paralisam atendimento.

Os pacientes que dependem de fazer tratamentos em clínicas conveniadas em Nova Iguaçu estão, novamente, sofrendo. É que a falta de repasses das verbas federais destinadas às prestadoras de serviços está prejudicando o atendimento, gerando protestos, e complicando até mesmo o tratamento de pessoas com câncer. Esta não é a primeira vez que as clínicas suspendem atendimento e protestam contra a administração do prefeito Lindberg Farias (PT). Durante seu mandato, ele foi diversas vezes acusado de aplicar os repasses federais em fundos de renda fixa, levando o dinheiro destinado a salvar vidas para ficar parado na orgia financeira.

Com salários atrasados e com a suspensão do atendimento ao pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), funcionários de uma das maiores tradições em atendimento à saúde fizeram uma caminhada até a Prefeitura para cobrar os repasses. O Hospital de Caridade Iguassu teve que suspender até mesmo o atendimento às gestantes que não podem pagar um atendimento particular.

O pagamento aos prestadores de serviços é garantido pelo Ministério da Saúde, que todos os meses repassa para o município uma verba específica para essa finalidade, mas algumas instituições conveniadas não recebem desde junho.

Outra instituição que agoniza com a falta de repasses é o Instituto Oncológico de Nova Iguaçu. Sem receber o dinheiro enviado pelo governo federal para efetuar o repasse à instituição, funcionários estão sem receber salários. O atraso do repasse, até o fechamento desta matéria, era de quatro messes, provocando uma situação pré-falimentar do Instituto.

Essa não é a primeira vez que a crise ganha proporção no município. Antes mesmo do sexto secretário municipal de Saúde tomar posse (Walney Rocha), a quarta secretária que foi indicada para responder pela pasta, Marli Freitas (PT), teve que fazer um acordo com os promotores da Tutela Coletiva do Ministério Público Estadual. Na ocasião, o sindicato das empresas prestadoras de serviços à Prefeitura de Nova Iguaçu organizou uma passeata que saiu do Paço Municipal até a sede do MP na cidade. Lá, os integrantes do sindicato denunciaram que o dinheiro da saúde estaria sendo aplicado em fundos de renda fixa. Marli foi substituída por Henrique Johnson e este por Walney, mas os problemas se avolumam a cada dia.

De janeiro de 2005 até agora já passaram pela secretaria de Saúde Walcler Rangel, Glaucia Boon, Sueli Pinto, Marli Freitas, Henrique Johnson e Walney Rocha.


Os funcionários do Hospital de Caridade Iguassu protestam contra a falta de pagamento.